ABSTRACT
Resumen: Este artículo reflexiona sobre la subjetividad de los académicos a partir de un análisis cualitativo empírico de los instrumentos de acción pública para gestionar la producción científica en Chile. El presente estudio propone que los dispositivos de gestión, no sólo buscan optimizar la producción científica nacional, sino también tiene importantes efectos sobre quienes desarrollan el conocimiento. Con el objetivo de indagar en esto se realizó un análisis discursivo de 200 documentos públicos y oficiales, los cuales reúnen bases de concurso para adjudicación de becas, formularios e instructivos para distribuir recursos para investigar. Los documentos analizados son comprendidos como una representación de la gestión pública de la ciencia, pero sobre todo como objetos ordenan y performan el mundo científico. Tras un análisis discursivo de los documentos podemos mostrar cómo los instrumentos trazan el desarrollo de un "yo académico cuantificado"; que requiere que los académicos se involucren activamente, mediante el registro de sus actividades bajo el lenguaje de la medición y cuantificación. Sin duda, la traducción de la actividad científica a este tipo dispositivos juega un rol trascendental, transformando las vidas científicas. El artículo muestra cómo los documentos actúan sobre la subjetividad y concluye reiterando la necesidad de un uso y compromiso crítico con las tecnologías de gestión en las políticas públicas científicas.
Abstract: This article reflects on the subjectivity of academics based on a qualitative empirical analysis of the instruments of public action to manage scientific production in Chile. This study proposes that management devices not only seek to optimize national scientific production, but also have important effects on those who develop knowledge. In order to investigate this, a discursive analysis of 200 public and official documents was carried out, which gather contest bases for the awarding of scholarships, forms and instructions to distribute resources for research. The documents analyzed are understood as a representation of the public management of science, but above all as objects of order and performance in the scientific world. After a discursive analysis of the documents, we can show how the instruments trace the development of a "quantified academic self"; which requires that academics become actively involved, by registering their activities under the language of measurement and quantification. Without a doubt, the translation of scientific activity into this type of device plays a transcendental role, transforming scientific lives. The article shows how documents act on subjectivity and concludes by reiterating the need for a critical use and commitment to management technologies in public science policies.
Resumo: Este artigo reflete sobre a subjetividade dos acadêmicos a partir de uma análise empírica qualitativa dos instrumentos de ação pública para gerir a produção científica no Chile. Este estudo propõe que os dispositivos de gestão não só procuram otimizar a produção científica nacional, mas também têm efeitos importantes sobre aqueles que desenvolvem o conhecimento. Para investigar isso, foi realizada uma análise discursiva de 200 documentos públicos e oficiais, que reúnem bases de concursos para a concessão de bolsas, formulários e instruções para distribuição de recursos para pesquisa. Os documentos analisados são entendidos como uma representação da gestão pública da ciência, mas sobretudo como objetos de ordem e desempenho no mundo científico. Após uma análise discursiva dos documentos, podemos mostrar como os instrumentos traçam o desenvolvimento de um "eu acadêmico quantificado"; o que requer que os acadêmicos se envolvam ativamente, registrando suas atividades sob a linguagem de medição e quantificação. Sem dúvida, a tradução da atividade científica para este tipo de dispositivo desempenha um papel transcendental, transformando vidas científicas. O artigo mostra como os documentos atuam sobre a subjetividade e conclui reiterando a necessidade de um uso crítico e compromisso com as tecnologias de gestão nas políticas públicas de ciência.